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Alto e baixo na cana
A produção nacional de cana-de-açúcar a ser moída pela indústria sucroalcooleira na safra 2011/2012 deve chegar a 588,9 milhões de toneladas. O resultado é 5,6% inferior ao registrado no ciclo passado, que chegou a 623,9 milhões de toneladas. Os números fazem parte do segundo levantamento da safra, divulgado ontem, em Brasília, pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).
Ao contrário do que se verifica nacionalmente, em Mato Grosso o setor o vai bem obrigado, segundo o Sindicato das Indústrias Sucroalcooleiras (Sindalcool). As 11 usinas mato-grossenses estão em processo de moagem nos municípios de Jaciara, Mirassol D´Oeste, Lambari D´Oeste, São José do Rio Claro, Confresa, Barra do Bugres, Nova Olímpia e nos demais polos usineiros.
A crescimento no absoluto está ancorado no etanol, que tem aumento de produção estimado em 5,88% no comparativo com a safra anterior. Já o açúcar dever encolher de 440 mil toneladas para 420 mil toneladas.
Ao todo, em Mato Grosso estima-se que serão moídas nesta safra 14,20 milhões de toneladas de cana, o que significará um incremento de 3,95% em relação à safra passada, quando as usinas beneficiaram 13,66 milhões de toneladas de cana.
A queda da produção nacional se deve à baixa na produtividade, causada por diversos fatores, principalmente climáticos, como a estiagem de abril e outubro de 2010, a escassez de chuva em maio deste ano, a ocorrência de geada nos estados de São Paulo e Paraná, além do florescimento excessivo. A falta de renovação dos canaviais e a redução do uso de insumos também colaboraram para a queda.
Do total de cana a ser esmagada, 51% (300,6 milhões t) são destinados à produção de 23,6 bilhões de litros de etanol. Desse volume, 14,5 bilhões de litros são do tipo hidratado e 9,1 bilhões do anidro. Os 49% (288,2 milhões t) restantes vão para a produção de 37 milhões t de açúcar, inferior em 2,8% à safra passada, quando foram produzidas 38,1 milhões de toneladas.
ÁREA - No que se refere à área destinada ao setor, a pesquisa chega a 8,4 milhões de hectares ou ao equivalente a 4,7% a mais que a da safra anterior. O estado de São Paulo ocupa a maior parte, com 4,4 milhões hectares ou 52,6% do total nacional. Em seguida, Minas Gerais (com 759,2 mil ha), Goiás (com 672,4 mil ha), Paraná (com 612,2 mil ha), Mato Grosso do Sul (com 481 mil ha), Alagoas (com 455,5 mil ha) e Pernambuco (com 325 mil ha).
A pesquisa de campo foi realizada por 44 técnicos, que visitaram 411 unidades produtoras entre os dias 31 de julho a 13 de agosto, além de contatos com representantes de entidades de classe, associações e cooperativas em todos os estados produtores.