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Dinheiro da cana turbina o varejo e o setor imobiliário
O setor imobiliário em Ribeirão Preto é um dos que ganham com a cana. Segundo João Paulo Fortes Guimarães, diretor da Imobiliária Fortes Guimarães, a safra da cana garante negócios aquecidos durante todo o ano e ganha força no período de moagem.
"O pagamento na safra é feito paulatinamente: os fornecedores de peças recebem antes, os arrendatários de terras depois e funciona neste ciclo, intermitente", diz.
Segundo ele, o fim do ano, quando termina a safra, responde pela maioria dos negócios do setor de imóveis em Ribeirão Preto. É nesta época que usineiros e outros investidores compram imóveis que servem como moradia ou como investimento para aluguel.
"O setor sucroenergético garante boa parte dos movimentos das vendas e do aluguel de imóveis em Ribeirão Preto", diz.
Quando a safra é favorável, o setor comercial também lucra.
"Não é possível quantificar com precisão a relação do aumento no fluxo de clientes com o período da safra, mas quando há boa safra na região, seja de cana, café, laranja ou outra cultura, percebemos um aumento de clientes dentro do shopping, ainda mais visível nos aniversários das cidades vizinhas a Ribeirão", disse o superintendente do Shopping Santa Úrsula, Cleiton Martins.
Reflexo junto ao comércio e à indústria
"O setor produtivo está interligado e esse movimento se reflete positivamente nos prestadores de serviços, no comércio e na indústria. E há também toda a cadeia produtiva em torno da produção de etanol e do açúcar. Como o etanol deve continuar em patamares mais em conta para o consumidor, a tendência é de aquecimento. Mecânicos de automóveis, postos de combustíveis e o mercado imobiliário são alguns deles. De julho a dezembro, o etanol variou 27%, conforme o IPC, de janeiro a dezembro 18,10 e em janeiro e fevereiro deste ano a variação foi de - 10,5% ".