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29/02/2012

Plano de expansão de cana injetará R$ 100 bilhões no setor, diz Mapa

O Plano Estratégico do setor Sucroalcooleiro, que será lançado em abril pelo Governo Federal deve injetar cerca de R$ 100 bilhões no mercado canavieiro até 2015, segundo informações do Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (Mapa). O projeto favorece a meta da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Única) de dobrar a produção até 2020, aponta o economista especializado em agronegócio da Price Waterhouse Coopers (PWC) Marco Conejero.

Segundo levantamento da Única, para aumentar a produtividade e recuperar mercado, o setor sucroalcooleiro precisa de um investimento de R$ 156 bilhões. As cifras seriam para dobrar a produção da cana-de-açúcar, saltando das 555 bilhões de toneladas colhidas em 2011 para 1,2 bilhão em 2020 e construir mais 120 usinas no país.

A medida do governo prevê aumentar a oferta de cana destinada à produção de etanol amparado por recursos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). O investimento pretende, em quatro anos, renovar 6,4 milhões de hectares de canaviais, dos 9 milhões de hectares atuais, ao custo de R$ 29 bilhões.

Outro plano é ampliar a área plantada em 1,4 milhão de hectares, aumentando a capacidade de processamento de cana pelas usinas, que hoje apresentam, em média, uma ociosidade de 16%. A verba prevista para isso é de R$ 8,5 bilhões.

O terceiro ponto é aumentar a capacidade de produção de etanol para atender a demanda reprimida - menos produto no mercado do que a capacidade de comercialização. Para isso será necessário ampliar outros 3,8 milhões de hectares, com investimento de R$ 23 bilhões.

As ampliações de canaviais somadas fariam o país saltar dos 9 milhões de hectares atuais para 14,2 milhões em 2015. O número é próximo do objetivo da Unica de 15 milhões de hectares. Segundo Conejero, a outra parte para cumprir a meta da industria canavieira depende dos empresários. "A gente não pode esperar que o Governo faça tudo. A outra parte terá que abrir o capital, ir atrás de investidores, sócios", afirma.

Para o economista outro ponto importante é o valor disponível para instalação de novas unidades de processamento de cana. "São 46 novas usinas até 2015, então um terço do plano da Única (de 120 unidades) o governo vai bancar", conclui.

A ação do governo também prevê aumentar para 25% a proporção da mistura do álcool anidro à gasolina - que atualmente é de 20%. Outro objetivo é fazer crescer o número veículos leves abastecidos por etanol hidratado, que hoje corresponde a 36%, para algo em torno de 50% a 55% em 2015.

A União também estuda, junto ao Conselho Monetário Nacional (CMN), verbas para financiar a estocagem de etanol nas usinas para que não falte produto ao longo do ano e, consequentemente, não ocorra aumento nos preços durante a entressafra.
"O consumo mensal ideal (de etanol no país) é de quase 2 bilhões de litros por mês. O governo está falando que vai financiar 70%", relata o economista. Para isso o Mapa estima a necessidade de um programa de R$ 4,5 bilhões ao ano.           



fonte: Portal G1
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