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26/01/2012

Problemas atingem 40% dos canaviais da região de Ribeirão Preto

A região de Ribeirão Preto tem cerca de dois milhões de hectares em plantação de cana-de-açúcar, com 150 milhões de toneladas. Cerca de 40% dos canaviais deveriam ser renovados. Porém, utilizando a nova linha de financiamento do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), inicialmente apenas 15% devem passar por melhorias. A avaliação é da Canaoeste (Associação dos Plantadores de Cana do Oeste do Estado de São Paulo), entidade que representa 2.820 associados.

"O prazo de seis anos é atraente, mas a taxa de juros de quase 8% é salgada. Acredito que essa linha atenderá mais aos grandes produtores e também o plantio está começando normalmente. Até liberar o financiamento, o dinheiro deve ficar para o outro ano", explica o presidente Manoel Ortolan.

Os canaviais da região já são consolidados, mas estão defasados com a falta de investimento nos últimos anos. Os R$ 4 bilhões da linha de financiamento são para renovação e ampliação da cana. "Para recuperar o que foi perdido nestes últimos três anos, em que não houve renovação, serão necessárias mais quatro ou cinco safras", projeta Ortolan.

Ele considera que a falta de investimentos na manutenção e as condições climáticas elevaram a média de vida dos atuais canaviais da região a 3,8 anos, o que afeta a produtividade da planta (o ideal seria média de 2,8).

A região tem 43 usinas, de acordo com o representante regional da Unica (União da Indústria da Cana-de-açúcar), Sérgio Prado. Todas produzem tanto etanol quanto açúcar. Prado considera o recurso importante. "Nós não temos uma tonelada de cana que não foi produzida, por isso acho que vai surtir efeito, mas a médio prazo, devido ao tempo de ciclo produtivo", diz Prado.

O produtor de cana João Nilson Magro não vai precisar utilizar o financiamento, mas considera que será bom para aumentar a produção da região e suprir a necessidade de produção de açúcar e etanol das usinas.

"Quem planta tem que produzir, então se puder usar o recurso, é um bom caminho", diz Magro.           



fonte: Jornal A Cidade – Ribeirão Preto/SP
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