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Produção da safra da cana-de-açúcar está 6% abaixo do esperado
A produção da safra 2011/2012 da cana-de-açúcar está 6% abaixo do esperado no Estado de São Paulo. A informação é do presidente da Cooperativa dos Plantadores de Cana do Estado de São Paulo (Coplacana), José Coral.
A previsão é de que no final do período da safra, que vai de maio a novembro, a colheita fique um pouco abaixo ou igual a 2010. "Na macrorregião de Piracicaba, a expectativa é que sejam colhidas 37,5 milhões de toneladas de cana. Já no país todo, devem ser colhidas mais de 560 milhões de toneladas", disse o presidente. As regiões Central e Sul do país são responsáveis pela metade da produção nacional.
De acordo com a União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica), a previsão de colheita é de 568,50 milhões de toneladas, mas a moagem da cana está 40% abaixo do esperado. A Unica informou que a situação não é habitual. As usinas produtoras iniciaram as atividades nos primeiros meses do ano, entre janeiro e março, geralmente usados para a entressafra.
"Esse começo das atividades antes do mês da safra pode prejudicar mesmo. A produção acaba caindo, pois não é o período certo para se fazer", avaliou Coral. Ele diz que a safra pode ser prejudicada pela chuva, quando a produção de sacarose fica complicada. "Se continuar como está, com esse tempo, será ótimo para a colheita, mas péssimo para a brotação da lavoura futura".
O início da safra antes do esperado pode fazer com que os 568,50 milhões de toneladas de cana previstos para serem colhidos não sejam atingidos. Desde o começo da safra em todo o país, a moagem chegou a 56,66 milhões de toneladas. No mesmo período do ano passado, 93,67 milhões de toneladas haviam sido moídos.
A queima da palha da cana foi proibida das 6h às 20h pela Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) na quarta-feira (1). A medida vale até o dia 30 de novembro e o horário pode ser alterado de acordo com a variação do nível de umidade do ar.
Preço
Ponto mais importante da produção da cana-de-açúcar para o consumidor, o preço do etanol nos postos de combustível não deve cair mais. Para Coral, o motivo é simples e óbvio. "Se cair mais, a cana não vai ser remunerada como deve", explica.
"Nós recebemos pela média das vendas do produto. Caso o etanol caia muito nos postos, a tendência de aumentar o consumo e da matéria prima (no caso, a cana) não ser remunerada é muito grande. Simplesmente não tem como", conclui.