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Setor sucroenergético defende manutenção das áreas consolidadas
Mudanças no código florestal brasileiro, sobretudo, com relação à proibição do cultivo de cana de açúcar em áreas consolidadas, serão questionadas pelo setor sucroenergético pernambucano em reunião no Senado. O encontro será realizado nesta quarta-feira (06), em Brasília, com o relator da Comissão de Meio Ambiente, o senador Tião Viana (PT-AC). A reunião foi articulada pelo senador Humberto Costa (PT-PE), a pedido da Associação dos Fornecedores de Cana de Pernambuco (AFCP).
Os produtores e industriais do setor sucroenergético avaliam que os canaviais do estado serão fortemente prejudicados com o impedimento de parte do cultivo que estão em áreas consolidadas. A proibição também promoverá respectivos impactos socioeconômicos nas áreas envolvidas. “A interrupção das plantações nestas áreas inviabilizarão efetivamente a produção no estado”, diz Alexandre Andrade, presidente da AFCP.
Um estudo sobre os impactos da alteração na legislação ambiental será apresentado ao senador pelo dirigente da Associação, juntamente com os presidentes do Sindicato dos Cultivadores de Cana do Estado e do Sindicato das Indústrias do Açúcar e do Álcool de Pernambuco. O procurador da Fazenda Nacional, Luiz Carlos Moraes, atual consultor do Senado para assuntos relacionados ao Código Florestal, também participará do encontro.
Ainda serão apresentadas particularidades sobre o cultivo da cana no Estado. “A plantação da matéria prima do açúcar e do etanol em Pernambuco é anterior ao Código Florestal de 1965. Na verdade, a cultura é secular na Região”, diz Andrade, ressaltando que não se pode simplesmente criminalizar algo que sempre foi permitido e até incentivado por governos passados.
O dirigente ressalta que é inquestionável a funcionalidade da preservação da natureza à manutenção das pessoas. Entretanto, ele destaca que a agricultura também tem o mesmo objetivo. “Ambos são vitais para a continuidade da humanidade no planeta. Já está mais do que na hora de analisar a pauta agrícola, quando se pensar no debate ambiental”, conta, finalizando que o Brasil precisa da sustentabilidade ambiental caminhando em conjunto com a agrícola.